terça-feira, 24 de novembro de 2015

Mediunidade Sem Prodígios


Allan Kardec no livro Viagem Espírita em 1862, em relação aos médiuns, afirma: E as virtudes constituem a pedra de toque.

Pessoas necessitadas de amparo moral e emocional procuram os Centros Espíritas com a esperança de conseguirem alívio para seus males geradores de sofrimento.
Seu estado é de vulnerabilidade. Acreditam em tudo o que lhes é dito. É imprescindível cuidado.

É aí que entra a relevante contribuição do médium perante tais irmãos carentes. O médium responsável:
-não se faz crer veículo capaz de realizar prodígios e também não se atribui o papel de profeta;
-fica longe de tentar impressionar o indivíduo através de seus dons mediúnicos e em hipótese alguma se vangloria;
-não se influencia por ideias ambiciosas;
-entende que seus exemplos falarão alto perante os necessitados e sabe que pelo modo como conduz seu labor é que inspirará confiança;
-jamais desmerece aquele que o procura;
-sabe que as virtudes - entre elas a simplicidade, a humildade, o amor - é que serão os sinais de que age como um verdadeiro cristão.

Dessa maneira, ele consegue ajudar porque:
-não promete nada;
-leva o necessitado a entender que os irmãos do Plano Espiritual em condições de ajudar certamente farão todo o possível para amparar;
-conduz o assistido à prática da prece e da fé no Pai Criador.
-dedica-se a despertar naquele que o procura a confiança em si mesmo no combate ao medo e à insegurança.

Concluímos que: o médium mais capaz de auxiliar é aquele que leva o necessitado a se tornar autossuficiente e não dependente de Espíritos que estejam à sua disposição o tempo todo. Mostra que o Espiritismo é efetivamente fonte de libertação e jamais de dependência psíquica e moral.
Com o médium consciente o Espiritismo tende a iluminar a humanidade sempre mais.

Maria Nilceia
Apoio:
Viagem Espírita em 1862 – Allan Kardec
O Livro dos Médiuns – Allan Kardec
As lindas telas são da amiga "Maucha Land". Ela faz parte da ONG LUZ FUNDAMENTAL. Convido-os a conhecer: