domingo, 16 de abril de 2023

Prego, Morte e Remorso

 


Fúlvio, universitário, ao final de uma noite de aulas, desentendeu-se com Mário, seu professor. Passou a julgar-se vítima de perseguição e começou a nutrir revolta e ressentimento em relação a ele. Esses sentimentos aumentaram mês após mês, chegando a se transformar em ódio. 

Começou a dar vazão ao desejo de vingança. Acordava à noite, pensando em como se vingaria. Decidiu: espetaria um prego num dos pneus. Assim fez numa noite chuvosa em que não havia testemunhas fora da Universidade. 

Término da última aula daquela noite que infelicitaria o professor. Já na estrada, Mário percebeu algo diferente com o carro, mas resolveu seguir cerca de 3 km, onde pararia num posto. Nesse percurso, surgiu um cão desnorteado. Segundo um motociclista que vinha atrás, Mário tentou desviar, mas não conseguiu, atropelou o animal e o carro fugiu do controle. O animal morreu instantaneamente e Mário capotou o automóvel. Despencou duma ribanceira pedregosa, morrendo em consequência dos ferimentos. 

Alguns alunos que gostavam de Mário foram ao velório e depois relataram a Fúlvio a tristeza da esposa grávida e da filha de dez anos. Fúlvio guardou o segredo consigo durante toda sua vida e o remorso não mais lhe deu paz. Aos sessenta anos, procurou o túmulo de Mário. Levou uma flor, com um bilhete o qual deixou aberto sobre o túmulo. Nele se lia: Perdoe-me professor Mário! Lágrimas embaçavam-lhe os olhos. 

Em relação a Fúlvio, podemos colher um ensinamento contido no livro "Monte Tabor, do Dr. Inácio Ferreira/Carlos A. Baccelli": (...) larvas mentais pululam nas mentes que se enfermam -  e elas também se reproduzem! O pensamento, sem dúvida, tem a capacidade de se fecundar - tanto para o bem quanto para o mal! Uma ideia se acasala com outra ideia… 

Tomemos cuidado com nossos pensamentos: crimes horríveis já foram levados a efeito devido aos desejos enfermiços que dominam as mentes insanas. Cuidar de nosso sentir, colocando calma no coração, será sempre o melhor caminho a seguir. 

Médiuns videntes costumam relatar que veem energias cinzentas rodeando as cabeças de muitos que alimentam procedimentos prejudiciais. 

Preferível orar e adoçar o verbo com o conselho de Chico Xavier: esqueça o acusador; ele não conhece o seu caso desde o princípio. Perdoe ao mau; a vida se encarregará dele. 

Maria Nilceia


sábado, 15 de abril de 2023

Observações que Ajudam

 


Será difícil para um Espírito culto transmitir conteúdos espíritas ou espiritualistas através de um médium de cultura mediana?

Como conseguir realizar uma transmissão? Afinal, nem todos os médiuns possuem condições de receber conteúdos eruditos, repletos de palavras complicadas; por outro lado, muitas vezes a população a que são destinadas as transmissões, também não teriam poder de compreensão já que possuem cultura semelhante a do medianeiro. 

Convenhamos: mensagens e obras destinadas a estudos, portadoras de linguagem clara e acessível são captadas por todos os leitores, independente do nível intelectual em questão; trazem, portanto, maior valor. 

Sendo assim, o Espírito comunicante, embora possa ser erudito, pode sem sombra de dúvidas aproveitar as palavras contidas no cabedal cultural do próprio médium, que se sentirá útil em ver-se capaz de servir aos bons propósitos de Jesus, através da escrita mediúnica. 

Nesse sentido passo-lhes um trecho do livro ”Diversidade dos Carismas, de Hermínio C. Miranda, Editora Lachâtre”, pág. 352: (...) os espíritos afirmam consistentemente que é mais fácil para eles utilizarem-se das próprias expressões do médium do que despejarem sobre ele ideias completamente novas. (Boddington, Harry, 1949). 

Esse texto, no entanto, não tira a responsabilidade do médium de melhorar-se em todos os sentidos, desde seu aperfeiçoamento moral, até o emprego que faz das palavras. Conhecer bem a língua pátria ajuda a aprimorar a capacidade do médium psicógrafo e dos demais escritores. 

Desejo fazer um alerta, o qual já fiz há algum tempo, mas nunca é demais retomar o assunto: antes de publicarem seus textos, realizem uma leitura detalhada do que escrevem. Se não se derem a esse trabalho de dedicação e responsabilidade, certamente virá ao público uma coleção de erros de concordância, de grafia que diminuirão consideravelmente o valor dos escritos. 

Obviamente existirão aqueles que não notarão a falta de revisão e convenhamos, temos visto até professores cometerem erros absurdos em seus escritos; bastaria uma releitura para que ocorressem as devidas correções. Aqueles que possuem um pouco mais de conhecimento detectarão erros muitas vezes graves e obviamente lamentarão a omissão dos escritores em cuidar bem de seus textos. 

Lembre-se: se você gosta de escrever, isso já demonstra que esse talento é uma conquista a lhe conferir valor. Cuide bem dessa sua aptidão, pois ela é a riqueza de seu coração.

Maria Nilceia

12/04/2023


sábado, 1 de abril de 2023

Direção

 


A tristeza empana o brilho.

A coragem, ao contrário, dá força.

O trabalhador de Cristo leva adiante sua bandeira em que se lê:  amor, trabalho, caridade e renovação.

Espaços espirituais são desfraldados, repletos de bons fluidos a envolverem os trabalhadores do plano físico, fornecendo-lhes as diretrizes para que a empreita a realizar seja efetivada, libertando sofredores encarnados e desencarnados das dores que lhes dilaceram a alma.

Que os obstáculos sejam os grandes motivadores que promovem aprendizagem constante, lembrando que o bem vence e abre caminhos aos obreiros de bom coração.

A base é Kardec e a condução é Chico Xavier.

Assim seja.

Deus os abençoe!

 

Raquel Aparecida Pimentel Lorusso

Psicografia: Maria Nilceia

31/03/2023