A
curiosidade é inata no ser humano. Isso é bom.
Devido
a tal curiosidade é que eu, nos estudos espíritas, ao focar esclarecimentos
sobre o perispírito – nosso corpo espiritual – entrei em contato com um
ensinamento relatado por Léon Denis no livro Depois da Morte:
“É no cérebro desse
corpo espiritual que os conhecimentos se armazenam e se imprimem em linhas
fosforescentes, e é sobre essas linhas que, na reencarnação, se modela e forma
o cérebro da criança. Assim, o intelecto e o moral do Espírito, longe de se
perderem, capitalizam-se e se acrescem com as existências deste. Daí as
aptidões extraordinárias que trazem ao nascer, certos seres precoces,
particularmente favorecidos.”
Tem-se
pois, a explicação das maravilhas de nossa existência. Os fatos vividos, a
aprendizagem levada a efeito em passadas reencarnações não se perdem. Então, o
mundo vai se enriquecendo sempre mais com as conquistas individuais, pois elas
beneficiam também a totalidade da população.
As
facilidades vão se manifestando em cada encarnação. É por isso que, por
exemplo, na vida atual, mesmo sem ter aprendido nada sobre costura, a
costureira, ainda na idade infantil começa a costurar com facilidade; a
jovenzinha vê-se inclinada ao desenho, fazendo dele uma arte invejável, mesmo
sem ter aprendido a desenhar; o escritor com a caneta nas mãos compõe lindos
romances com uma escrita emocionante. A variedade de aptidões manifestadas
promove admiração nos expectadores.
E
quanto mais a pessoa se aperfeiçoa em sentimentos, pensamentos e atos no
decorrer de seus estágios na Terra, mais o perispírito vai se tornando sutil.
Vamos então, paulatinamente, tendo acesso a mundos mais puros, onde as pessoas
já estão mais evoluídas, e com isso desprovidas de toda e qualquer maldade.
Conclusão:
o perispírito tem um cérebro indestrutível, ao contrário
do cérebro físico que se decompõe com a morte. Ele prossegue sempre como sede
do Espírito. Quanto melhores nos tornarmos, mais imaculados e felizes seremos.
Pensando nisso, a bondade irrestrita é o verdadeiro passaporte para a total e
gloriosa realização do ser humano.
Maria Nilceia