Mensagem de São Benedito - O Livro dos Médiuns – Cap. 31,
Segunda Parte:
Vossa Doutrina é bela e santa; a primeira estaca está plantada,
e solidamente plantada. Agora não tendes mais do que caminhar; a senda que vos
está aberta é grande e majestosa. Feliz é aquele que chegar ao porto, quanto
mais prosélitos terá feito, mais lhe será contado. Mas, para isso, não deveis
abraçar a Doutrina friamente; é preciso fazê-lo com ardor, e esse ardor será
dobrado, porque Deus está sempre convosco quando fazeis o bem. Todos aqueles que conduzirdes serão outro
tanto de ovelhas que voltaram ao redil; pobres ovelhas meio extraviadas! Crede
bem que o mais cético, o mais ateu, o mais incrédulo, enfim, tem sempre um
pequeno canto no coração, que gostaria de poder ocultar de si mesmo. Pois bem!
É esse pequeno canto que é preciso procurar, que é preciso encontrar; é esse
lado vulnerável que é preciso atacar; é uma pequena brecha deixada aberta de
propósito por Deus para facilitar à sua criatura o meio de reentrar em seu
seio. São Benedito
Esclarecedoras são essas palavras
de um santo da Igreja Católica, que se apresenta e transmite singelos
ensinamentos. Sem preconceito, ele surge e brilha como um raio de Sol ante as
mentes sensíveis que possuem a grata oportunidade de captar a importância de
suas palavras.
Um conselho de São Benedito cala
fundo: “não deveis abraçar a Doutrina friamente.” Quem é “espírita de coração”
entende o significado de tais palavras, pois sente nas fibras de seu ser o
júbilo de saber compartilhar os tesouros do sentimento. Isso significa que já
conseguiram alijar para bem longe o ciúme, o orgulho, a necessidade de terem o
dedo apontado para o próximo. Aceitam tudo o que vem do BEM, sem aquele olhar
de desprezo, típico de quem ainda carrega preconceitos. Contentam-se em
permanecer no fim da fila, ofertando os ombros àqueles que chegam aos Centros
Espíritas portando intensa amargura. Formam-se entre tais adeptos, os reflexos
da luz de Jesus que conclama a todos a se unirem.
Bendito São Benedito! E quanto ao
vosso conselho para procurarmos a brecha no coração daquele que se desviou do
caminho, sondar o que a pessoa deseja ocultar de si mesma! Aproveitar seu lado
vulnerável, para incentivá-la ao autoperdão e olhar para frente, planejando
para si um futuro de fé, de esperança e de alegrias!
Temos que nos lembrar sempre da
magnanimidade de vossas recomendações.
Nossa gratidão!
Maria
Nilceia
Um pouco de São Benedito: Aos
18 anos de idade, já havia decidido consagrar-se ao serviço de Deus, e,
aos 21, um monge dos irmãos eremitas de São Francisco de
Assis chamou-o para viver entre eles. Benedito aceitou.
Fez votos de pobreza, obediência e castidade.
Caminhava descalço pelas ruas e dormia no chão sem cobertas. Era muito
procurado pelo povo, que desejava ouvir seus conselhos e
pedir-lhe orações.
Depois de 17 anos entre os
eremitas, foi designado para ser cozinheiro no Convento dos Capuchinhos.
Sempre preocupado com os mais pobres
do que ele, retirava alguns mantimentos do Convento, escondia-os dentro de suas
roupas e os levava para os famintos que enchiam as ruelas das cidades. Conta a
tradição que, em uma dessas saídas, o novo Superior do Convento o surpreendeu e
perguntou: "Que escondes aí, embaixo de teu manto, irmão Benedito?" E
o santo, humildemente, respondeu: "Rosas, meu senhor!", e, abrindo o
manto, de fato apareceram rosas de grande beleza e não os alimentos de que
suspeitava o Superior.
São Benedito morreu aos 65 anos,
no dia 4 de abril de 1589, em Palermo, na Itália.
Ainda hoje seu corpo continua conservado e exposto em Urna Mortuária para
visitação pública numa Capela lateral da Igreja de Santa Maria, em Palermo,
Itália.