sábado, 30 de janeiro de 2016

São Benedito no Espiritismo



Mensagem de São Benedito - O Livro dos Médiuns – Cap. 31, Segunda Parte:
Vossa Doutrina é bela e santa; a primeira estaca está plantada, e solidamente plantada. Agora não tendes mais do que caminhar; a senda que vos está aberta é grande e majestosa. Feliz é aquele que chegar ao porto, quanto mais prosélitos terá feito, mais lhe será contado. Mas, para isso, não deveis abraçar a Doutrina friamente; é preciso fazê-lo com ardor, e esse ardor será dobrado, porque Deus está sempre convosco quando fazeis o bem.  Todos aqueles que conduzirdes serão outro tanto de ovelhas que voltaram ao redil; pobres ovelhas meio extraviadas! Crede bem que o mais cético, o mais ateu, o mais incrédulo, enfim, tem sempre um pequeno canto no coração, que gostaria de poder ocultar de si mesmo. Pois bem! É esse pequeno canto que é preciso procurar, que é preciso encontrar; é esse lado vulnerável que é preciso atacar; é uma pequena brecha deixada aberta de propósito por Deus para facilitar à sua criatura o meio de reentrar em seu seio. São Benedito

Esclarecedoras são essas palavras de um santo da Igreja Católica, que se apresenta e transmite singelos ensinamentos. Sem preconceito, ele surge e brilha como um raio de Sol ante as mentes sensíveis que possuem a grata oportunidade de captar a importância de suas palavras.
Um conselho de São Benedito cala fundo: “não deveis abraçar a Doutrina friamente.” Quem é “espírita de coração” entende o significado de tais palavras, pois sente nas fibras de seu ser o júbilo de saber compartilhar os tesouros do sentimento. Isso significa que já conseguiram alijar para bem longe o ciúme, o orgulho, a necessidade de terem o dedo apontado para o próximo. Aceitam tudo o que vem do BEM, sem aquele olhar de desprezo, típico de quem ainda carrega preconceitos. Contentam-se em permanecer no fim da fila, ofertando os ombros àqueles que chegam aos Centros Espíritas portando intensa amargura. Formam-se entre tais adeptos, os reflexos da luz de Jesus que conclama a todos a se unirem.
Bendito São Benedito! E quanto ao vosso conselho para procurarmos a brecha no coração daquele que se desviou do caminho, sondar o que a pessoa deseja ocultar de si mesma! Aproveitar seu lado vulnerável, para incentivá-la ao autoperdão e olhar para frente, planejando para si um futuro de fé, de esperança e de alegrias!
Temos que nos lembrar sempre da magnanimidade de vossas recomendações.
Nossa gratidão!

Maria Nilceia

Um pouco de São Benedito: Aos 18 anos de idade, já havia decidido consagrar-se ao serviço de Deus, e, aos 21, um monge dos irmãos eremitas de São Francisco de Assis chamou-o para viver entre eles. Benedito aceitou. Fez votos de pobreza, obediência e castidade. Caminhava descalço pelas ruas e dormia no chão sem cobertas. Era muito procurado pelo povo, que desejava ouvir seus conselhos e pedir-lhe orações.
Depois de 17 anos entre os eremitas, foi designado para ser cozinheiro no Convento dos Capuchinhos.
Sempre preocupado com os mais pobres do que ele, retirava alguns mantimentos do Convento, escondia-os dentro de suas roupas e os levava para os famintos que enchiam as ruelas das cidades. Conta a tradição que, em uma dessas saídas, o novo Superior do Convento o surpreendeu e perguntou: "Que escondes aí, embaixo de teu manto, irmão Benedito?" E o santo, humildemente, respondeu: "Rosas, meu senhor!", e, abrindo o manto, de fato apareceram rosas de grande beleza e não os alimentos de que suspeitava o Superior.
São Benedito morreu aos 65 anos, no dia 4 de abril de 1589, em Palermo, na Itália. Ainda hoje seu corpo continua conservado e exposto em Urna Mortuária para visitação pública numa Capela lateral da Igreja de Santa Maria, em Palermo, Itália.