A reunião mediúnica prosseguia
naquele sábado ensolarado. Era a reunião de auxílio e proteção aos médiuns e
demais trabalhadores do Centro Espírita, Casa da Sopa e Berçário.
Em dado momento, uma das médiuns
começa a sentir a presença de um benfeitor espiritual, que lhe pede em
pensamento: cante a música Terezinha de Jesus.
Ela sabia a música, mas a
princípio relutou em cantar. O que pensariam os demais componentes da mesa?
Diante da insistência do
benfeitor ela acabou cantando e o fez com amor. Evidentemente todos estranharam
o fato. Numa reunião mediúnica, porque cantar uma música infantil que nada tem
a ver com espiritismo? Algum motivo havia de ter.
Posteriormente veio o
esclarecimento por parte do benfeitor: havia um irmão desencarnado que
necessitava de auxílio. Seu coração enrijecido com nada se comovia. Sua mãe,
também desencarnada, há tempos esperava sua renovação; há muito vinha orando
por ele. No passado, ela cantava essa música para o filhinho dormir. Ele
gostava da canção e sempre cantava também, com alegria no coração. Agora,
desencarnado e desvirtuado, precisava ser sacudido em seus sentimentos. Ao som
da canção na reunião mediúnica, sua mãezinha mostrou-se a ele. Emocionado, como
nos tempos de menino, entregou-se a sua mãe e com essa entrega ele deixou para
trás tudo de ruim que havia permitido impregnar-lhe a alma de adulto.
Existem ocasiões em que somente
os Espíritos sabem porque pedem determinados favores aos médiuns. A mediunidade
bem vivida fornece ao médium a sabedoria para discernir se deve aceitar ou não.
Em relação à equipe encarnada,
quando surgem fatos duvidosos, conversar sem preconceito, colocando em prática
a compreensão, gera benefícios incalculáveis aos dois planos de vida.
Deus nos abençoe!
Maria
Nilceia