sábado, 19 de novembro de 2016

Clamor no Deserto


“Eu sou aquele que clama no deserto.” João Batista, 1, 23

Certamente ele referiu-se aos indivíduos de corações imaturos, onde o bem é semente latente, mas a membrana da ilusão que a envolve ainda não foi rompida. Nas paredes de seus casulos, os seres humanos vivem suas experiências nem sempre benéficas, muitas vezes desastrosas.

As palavras de João são tão apropriadas ainda!
O pai clama ao filho:
– Resista à droga!
A mãe clama à filha:
– Cultive boas companhias!
Avós desnorteados choram pelos seus netos.

Incontáveis corações prosseguem áridos e as ilusões impedem de terem a visão do que é aconselhável pensar, sentir e fazer.
Rolam corpos na lama do sensualismo exacerbado. O álcool é o alimento que necessitam. E geralmente tomam-no para driblar a infelicidade que os visita. A eternidade foge-lhes da visão nublada, incapaz de enxergar a diferença entre a “delicadeza do arco-íris e os charcos da terra”.

Tudo isso, no entanto, terá um fim. As iniquidades desaparecerão e muitos serão afastados do planeta. Farão a migração, ainda que forçada, a outras moradas. É o que dizem todas as profecias.

Amor não dispensa energia. Assim, todos os que alimentam atos danosos a si mesmos, certamente em alguma época de suas existências, não contaram com medidas corretivas em relação ao mal que alimentam interiormente.

A verdade que consola é que Jesus deseja ardentemente que todas as ovelhas se livrem de seus próprios enganos. Que a luz Dele possa brilhar em nós!


Maria Nilceia