Uma palestra num
Centro Espírita pequeno. A palestrante estava bem preparada. Tema aprovado por
outras pessoas, onde o assunto havia sido abordado. Os comentários tinham sido
excelentes.
Tudo concorria
para dar certo.
Feita a prece de
abertura e a apresentação da palestrante, ela inicia sua fala com segurança e
vontade de ajudar.
Não esperava que
o pior aconteceria.
A uns cinco
metros dela, na plateia, duas amigas iniciaram conversação. Conversavam e
olhavam-se.
A
situação constrangedora para a visitante prosseguiu e ela se desconcentrou,
tamanho o inconveniente da situação.
Tinha
vontade de pedir que as duas silenciassem, todavia achou por bem não ter essa
atitude.
Então
passou a fixar intensamente o olhar nas duas. Não adiantou.
A
conversa prosseguiu até que a palestra se findasse.
Infelizmente
a fala ficou deficitária. Como conseguir discorrer sobre um tema com duas pessoas
conversando ininterruptamente bem próximas de você?
Como
ter as palavras adequadas de motivação?
Obviamente
elas não perceberam que estavam sendo alvo de espíritos desejosos de
atrapalhar. Realmente foi uma pena o ocorrido. Palavras que outrora agradaram
um público atento, agora ficaram sem valor porque duas amigas tentadas por
algum espírito do mal conseguiram fazer a palestrante se desconcentrar.
Vale
a pena refletir: se formos a uma palestra para conversar, que optemos por ir
tomar sorvete ou ficar em casa.
Se
for para ficarmos olhando e digitando no celular que optemos por ficar fora do
centro, numa praça talvez, sob a brisa, observando o celular, que deve ser mais
interessante para quem não gosta de palestra.
E
que se conclua: uma palestra pode ser magnífica se os demais silenciarem e
estarem envoltos em boas energias, mas pode ser até motivo de chacota, se os
que assistem resolverem conversar.
Respeito
é bom, disciplina também.
Maria Nilceia