terça-feira, 28 de junho de 2016

Sem Extremismo


... e tudo o que faz grandes os corações, fortes as sociedades, a dedicação, a virtude, a paixão do bem, não podem apreciar-se pelos sentidos. Léon Denis. Depois da Morte

São bastante apropriadas para a atualidade tais palavras grafadas há tanto tempo. Tudo de bom que desejamos nos variados aspectos das sociedades vigentes não são fatos vistos com os olhos físicos, não são palavras carregadas de azedume e frieza, retratando irritação e autoridade. Não, não é nada disso.

O que aspiramos é que no dia a dia das pessoas os fatos sejam sentidos com os olhos do espírito. Estes fazem surgir a bondade verdadeira.

Muitos se preocupam demais com conceitos e se esquecem que mais que isso, vale ter um coração acessível, alimentado pela docilidade que alimenta a verdadeira fraternidade. Nos diversos meios a afabilidade, as boas maneiras vão ficando de lado. Os ambientes passam a ser campos minados, onde as bombas se tornam fáceis de explodir.

Nada além do amor fará essa situação mudar. Já vi pessoas adoráveis deixarem-se contaminar pelo extremismo. De repente começam a enrijecer-se espiritualmente. Sombras iniciam o ataque.

É necessário cuidado, pois todo esforço para que se consiga um mundo melhor vai ruindo. Tudo pode ficar reduzido a um monte de cinzas, monte esse que já foi uma gota luminosa de amor.

Não permitir que os corações se enregelem, é tarefa a ser empreendida diariamente. Sejamos bons, educados, e nossos objetivos estarão bem defendidos, pois o exemplo é a linguagem mais poderosa no lar, no trabalho, no templo e onde quer que estejamos.

Que o amor do Mestre possa aquecer a todos os que desejam viver a paciência e a gentileza.

Maria Nilceia 

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Ao Médium Escrevente


Médium escrevente, a você dedico este artigo.
Um dos fatos mais constrangedores que ocorre em relação às suas psicografias é, com certeza, saber que as mensagens que você recebe oriundas do plano espiritual, nem sempre obtém o crédito de seus confrades de perto.
De repente, você percebe que aqueles que mais lhe dão crédito são os confrades de longe.
Lembro-me da vez que recebi uma mensagem do Dr. Bezerra de Menezes, mensagem curta, mas muito delicada e singela, endereçada aos confrades do centro que frequento, convidando os irmãos à boa convivência e à fraternidade. Durante o recebimento da mensagem, eu vi o Dr. Bezerra próximo a mim, transmitindo-me suas palavras. A visão dele causou-me bem estar imenso. Ele emitia energias de incrível paz. Publiquei a mensagem em nosso jornal espírita. Não se passaram muitos dias e chegou aos meus ouvidos o comentário que um confrade fez:

-Imagine que a mensagem é do Dr. Bezerra... Se fosse, o texto seria longo. As palavras são muito simples para serem dele.

Fatos deste tipo e outros piores ocorrem em relação ao médium escrevente. Se o médium tiver tenacidade e for capaz de não se abalar, com certeza prosseguirá em seu labor, permitindo que os espíritos escrevam através dele.
O médium não pode desanimar ante as investidas negativas que sofre. Muitas vezes, tais investidas nascem no plano espiritual contrário ao bem. Espíritos mal intencionados, aproximando-se de pessoas, de certa maneira vulneráveis à sua influência perniciosa, incitam comentários e iniciativas infelizes, justamente para impedir que ele prossiga seu trabalho.
Aconselhamos o obreiro a ter determinados objetivos em sua vida, que o tornarão sempre mais produtivo e determinado. Objetivos sadios são os de aprimorar as atitudes do dia a dia, além da dedicação constante ao estudo; que se aprofunde o estudioso nas obras de Kardec e André Luiz (verdadeiros alicerces para que se tenha consciência da importância do trabalho a desempenhar).
Se o médium não se dedicar a aprender sempre mais, pouco ou nada de bom produzirá. E então, nem os de longe darão crédito às comunicações que ele recebe, já que o conteúdo das mensagens deixará à mostra aspectos que provocarão dúvidas cabíveis.
Que não se dê asas ao melindre. Melindre é prova de orgulho ferido. Se Jesus tivesse dado asas ao melindre, nada de bom teria nos deixado, pois foi alvo de injustas perseguições. Ele não se acovardou, seguiu em frente até que se cumprisse sua missão.
Médium não tem que querer aplausos nem reconhecimento, tem que ser desprendido de qualquer sentimento de vaidade, sob pena de ficar influenciado pelas ideias ardilosas dos obsessores.
Médium tem que ter segurança, iniciativa, não fugindo da tarefa de divulgar suas psicografias.
E assim, diante das dúvidas de tantos, prossegue ele escrevendo e servindo, sabendo que nos corações de muitos, a semente estará lançada.
Nada como um sono tranquilo, sabendo-se que foi feito o que se tinha a fazer.

Maria Nilceia