Médium escrevente, a você dedico
este artigo.
Um dos fatos mais constrangedores
que ocorre em relação às suas psicografias é, com certeza, saber que as
mensagens que você recebe oriundas do plano espiritual, nem sempre obtém o
crédito de seus confrades de perto.
De repente, você percebe que
aqueles que mais lhe dão crédito são os confrades de longe.
Lembro-me da vez que recebi uma
mensagem do Dr. Bezerra de Menezes, mensagem curta, mas muito delicada e
singela, endereçada aos confrades do centro que frequento, convidando os irmãos
à boa convivência e à fraternidade. Durante o recebimento da mensagem, eu
vi o Dr. Bezerra próximo a mim, transmitindo-me suas palavras. A visão dele
causou-me bem estar imenso. Ele emitia energias de incrível paz. Publiquei a
mensagem em nosso jornal espírita. Não se passaram muitos dias e chegou
aos meus ouvidos o comentário que um confrade fez:
-Imagine que a mensagem é do Dr.
Bezerra... Se fosse, o texto seria longo. As palavras são muito
simples para serem dele.
Fatos deste tipo e outros piores
ocorrem em relação ao médium escrevente. Se o médium tiver tenacidade e
for capaz de não se abalar, com certeza prosseguirá em seu labor, permitindo
que os espíritos escrevam através dele.
O médium não pode desanimar
ante as investidas negativas que sofre. Muitas vezes, tais investidas nascem no
plano espiritual contrário ao bem. Espíritos mal intencionados, aproximando-se
de pessoas, de certa maneira vulneráveis à sua influência perniciosa, incitam
comentários e iniciativas infelizes, justamente para impedir que ele prossiga
seu trabalho.
Aconselhamos o obreiro a ter
determinados objetivos em sua vida, que o tornarão sempre mais produtivo e
determinado. Objetivos sadios são os de aprimorar as atitudes do dia a dia,
além da dedicação constante ao estudo; que se aprofunde o estudioso
nas obras de Kardec e André Luiz (verdadeiros alicerces para que se tenha
consciência da importância do trabalho a desempenhar).
Se o médium não se dedicar a
aprender sempre mais, pouco ou nada de bom produzirá. E então, nem os de longe
darão crédito às comunicações que ele recebe, já que o conteúdo das mensagens
deixará à mostra aspectos que provocarão dúvidas cabíveis.
Que não se dê asas ao
melindre. Melindre é prova de orgulho ferido. Se Jesus tivesse dado asas
ao melindre, nada de bom teria nos deixado, pois foi alvo de injustas
perseguições. Ele não se acovardou, seguiu em frente até que se cumprisse sua
missão.
Médium não tem que querer
aplausos nem reconhecimento, tem que ser desprendido de qualquer sentimento de
vaidade, sob pena de ficar influenciado pelas ideias ardilosas dos
obsessores.
Médium tem que ter segurança,
iniciativa, não fugindo da tarefa de divulgar suas psicografias.
E assim, diante das dúvidas de
tantos, prossegue ele escrevendo e servindo, sabendo que nos corações de
muitos, a semente estará lançada.
Nada como um sono tranquilo,
sabendo-se que foi feito o que se tinha a fazer.
Maria
Nilceia