Ele
se destacava por sua bondade e inteligência. Além disso, talentoso. Sabia
esculpir. Com o cinzel na mão, criava imagens de anjos, flores e animais.
Certa
noite, em sonho, viu-se ajoelhado, rogando a Jesus que o inspirasse a esculpir
uma obra tão linda, como ainda ninguém jamais havia esculpido. Jesus
lhe respondeu que o inspiraria a esculpir Nossa Senhora, exatamente como ela
havia sido fisicamente na Terra. Cópia perfeita, mas teria que ter dedicação e
concentração para receber as orientações.
– Durante três meses
estarei contigo lhe fornecendo as condições necessárias – disse Jesus.
Ao
pular da cama, o resultado do sonho estava totalmente gravado em sua mente. No
transcorrer do dia, muniu-se de todo material necessário e na manhã seguinte
iniciou a escultura. Percebeu que não seria fácil esculpir Maria. A concentração
teria que ser constante, firme, para receber a inspiração de Jesus.
Só
que, apesar de sua inteligência, bondade e aptidão, ele era muito ligado ainda
aos assuntos do mundo, que às vezes são capazes de distrair o ser humano de
cumprir o que lhe cabe.
E
assim, começou a se envolver em contextos que não eram propícios e nem de sua
alçada resolver. Sem perceber, acabou se distanciando mentalmente de seu
objetivo de esculpir Nossa Senhora.
Jesus,
com tantos encargos, acabou se afastando do jovem e deixou-o entregue aos
seus interesses.
Infelizmente,
Nossa Senhora ficou esculpida pela metade e abandonada num canto do quintal. O
jovem, quando entendeu suas omissões, entristeceu-se. Nunca mais sonhou com
Jesus. Passou o resto de sua vida se lamentando
pelo tempo perdido com inutilidades que nunca foram resolvidas por ninguém.
Ensino
a interiorizar:
Não
se ocupar de coisas inúteis faz o ser humano crescer.
Evoluir
é condição básica imposta pela Vida. Não existe outro caminho.
A
teimosia em não entender, somente atrapalha a caminhada de cada um.
Espírito: O Contador
de Histórias
Psicografia: Maria
Nilceia
21/06/2020