Por que o medo de
espíritos?
Muitos lábios
expressam: tenho medo de espíritos. Não quero vê-los. Mas, a bem da verdade,
não somos também espíritos?
O
temor, portanto, torna-se desnecessário.
É
preciso, todavia, analisar três questões.
1-
Existem espíritos do mal, que tentam atrapalhar.
Interessante a
pergunta 469 do Livro dos Espíritos, codificado por Allan Kardec: Por que meio se
pode neutralizar a influência dos maus Espíritos?
R:
Fazendo o bem e colocando toda a vossa confiança em Deus, repelis a influência
dos Espíritos inferiores e destruís o império que desejam ter sobre vós.
Guardai-vos de escutar as sugestões dos Espíritos que suscitem em vós os maus
pensamentos, que insuflam a discórdia e excitam em vós todas as más paixões.
Desconfiai sobretudo dos que exaltam o vosso orgulho, porque eles vos atacam na
vossa fraqueza. Eis porque Jesus vos faz dizer na oração dominical: “Senhor,
não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal!”.
2-
Sofredores, por exemplo, sem serem do mal, são passíveis de transmitirem
sintomas desagradáveis, por suas emanações estarem em desequilíbrio. Geralmente
manifestam-se sensações incômodas no estômago. É porque nesses casos o chacra
solar, que é um dos centros de força situados no corpo energético do encarnado,
funciona como uma “antena”. A pessoa se queixa do popular “enjoo”. Não se
conclua daí que devido a isso é certo que estejamos na presença de um sofredor.
Pode ser também um mal estar do próprio corpo da pessoa. Sempre que se percebe
uma sensação desconfortável torna-se imprescindível analisar a causa. Se for
espiritual é preciso buscar o auxílio do orientador religioso.
3-
Convém ressaltar que um espírito iluminado, ao se aproximar, transmite-nos
sensação de extremo bem estar, podendo ser alegria, sensação de leveza,
gratidão, suaves aromas passando próximos. O medo, então, nesses casos não
acontece, pois as impressões colhidas são muito agradáveis.
Finalizando,
aqui vai um pensamento de Victor Hugo: os mortos são uns invisíveis, e não uns
ausentes.”
Um
dia seremos nós os invisíveis, mas não ausentes.
Maria Nilceia