segunda-feira, 21 de julho de 2014

Como o Médium Pode Livrar-se da Mistificação


Um dos grandes medos do médium é ser vítima da mistificação, ou seja ser iludido por espíritos que abusam de sua credulidade, ficando por isso sujeito a situações ridículas.

Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, nos dá a solução, o meio para que nos livremos dos mistificadores:
Sim, certamente, há para isso um meio simples, que é o de não pedir ao Espiritismo senão aquilo que pode vos dar; seu objetivo é o melhoramento moral da Humanidade; enquanto não vos afastardes disso, jamais sereis enganados, porque não há duas maneiras de se compreender a verdadeira moral, a que todo homem de bom senso pode admitir.
Mais adiante, esclarece:
Se não lhes pedisse nada de fútil ou que esteja fora das suas atribuições, não se daria nenhuma presa aos Espíritos enganadores; de onde deveis concluir que aquele que é mistificado, não tem senão o que merece.

Sensatas palavras que nos remetem a sérias reflexões.
Não é novidade que confrades há a julgarem que os espíritos tudo sabem e tudo podem responder. Muitos lhes dirigem perguntas inconsequentes, outros desejam saber se isso ou aquilo vai dar certo. É por esse caminho que segue a falta de equilíbrio, de autocontrole e de bom senso.
No Livro dos Médiuns a objetividade é absoluta quando enfatiza que a meta do Espiritismo é o melhoramento moral dos ser humano.

Então, que se veja a mediunidade como meio para o aprimoramento do médium e um aparato importante para a prática da caridade. O médium, ao permitir que os espíritos necessitados se comuniquem através dele, está garantindo o alívio daqueles que precisam de encaminhamento e de consolação. Manifestar-se na reunião mediúnica, é para os sofredores como encontrar água no deserto, é conseguir o alicerce para entrosar-se com Espíritos do Bem, com os quais deverá identificar-se, para o aflorar do aprendizado libertador.

Através do médium, o desencarnado se renova com as energias recebidas e passa a desejar sua própria melhoria e evolução.

Quanto ao desejo movido pela “curiosidade” de interrogar os espíritos, que os confrades confiem em Deus e aceitem os fatos como vierem, sabendo que o melhor meio de combater efeitos negativos na vida de cada um, é manter a fé, orar e propor-se a aprimorar atitudes. Todo aquele que confia plenamente no Pai, é digno de ser chamado Filho de Deus. Através dessa divina filiação, sustentada pela perseverança em cultivar atitudes positivas, os benefícios virão na medida das necessidades de cada um.

Maria Nilceia