Quando de nossa primeira viagem a Lyon, em 1860, existiam ali,
por alto, algumas centenas de adeptos. No ano seguinte alcançavam a casa de
cinco ou seis mil. Este ano o cálculo tornou-se impossível.
Palavras de Allan Kardec contidas no livro Viagem Espírita em
1862, de Allan Kardec, Casa Editora O Clarim, pág. 26.
O que ocorreu em Lyon, na época
de Kardec, é o que vem ocorrendo a nível mundial. O Espiritismo vem se
propagando, desde aqueles tempos, a olhos vistos. É como um rio caudaloso que
chega ao grande mar. Os adeptos se emocionam, sentem-se consolados e ligados as
verdades as quais antes não tinham conhecimento. São verdades que satisfazem
seus corações necessitados de esclarecimentos.
Hoje, o ser humano, não se
contenta mais em saber que o sofrimento existe e que é preciso aceitá-lo. Ele
quer saber porque existe o sofrimento, muitas vezes promovendo fatos que pesam
tanto no emocional. Deseja saber as razões maiores da Mãe Vida, que nos trazem
tantas ocorrências desfavoráveis. Aspira saber como vencer a dor moral e
física.
É da sua vontade se inteirar
sobre fatos que lhe mostram os motivos de instantaneamente, ao contatar as
pessoas, umas despertam simpatia e outras antipatia, mesmo que não tenha
conhecimento sobre a vida de cada uma. Sua curiosidade em saber de onde veio e
para onde vai após a morte do corpo físico, move-o a estudar o Espiritismo. O
homem chegou num estágio evolutivo em que não acredita mais em penas eternas.
Saber como é o Mundo Espiritual, saber porque está neste mundo, porque uns
conseguem prosperar e outros não, porque uns nascem sadios e outros doentes,
porque uns possuem motivos para serem tristes e outros felizes, são
questionamentos que o conduzem à busca de verdades esclarecedoras. Saber como
funciona a justiça divina torna-se uma aspiração louvável.
Por que essa sede de saber?
Evidentemente para estruturar sua fé, sabendo que não está jogado neste mundo
onde aparentemente existem injustiças.
Quando o aprendiz passa a
entender o Espiritismo, seu coração preenche-se de satisfação. Começa a
vislumbrar a grandiosidade de Deus. A partir daí entende como foi prematura a
ideia errônea que fez do Espiritismo. Percebe que os ataques promovidos à
Doutrina Espírita não tinham razão de ser. Acaba o seu preconceito e sente-se
venturoso.
As mensagens mediúnicas tornam-se
fundamentais para ele, pois lhe fornecem preciosas informações.
Fica feliz ao constatar que
existem cidades espirituais formosas e deseja no futuro ser merecedor de estar
numa delas.
Desfaz-se totalmente das ideias
errôneas de antigamente. Dá adeus à antiga crença em dogmas criados por homens
e não por Deus. Convence-se que as bases nas quais pautava sua vida não mostram
a justiça e a sabedoria do Pai Criador.
Por tudo isso, o Espiritismo
promove a melhoria de quem o estuda. A vida flui mais leve. A Natureza, com os
animais e as plantas, passa a ser amada e respeitada. Um sentimento enobrecedor
se apossa do ser humano, que começa a se sentir verdadeiro filho de Deus.
As pessoas tornam-se espíritas no
momento adequado, quando estão prontas não somente para entender as verdades
libertadoras, mas também para fazer algo em prol de um mundo melhor.
Maria
Nilceia