quinta-feira, 10 de julho de 2014

Espiritismo - Rio Caudaloso


Quando de nossa primeira viagem a Lyon, em 1860, existiam ali, por alto, algumas centenas de adeptos. No ano seguinte alcançavam a casa de cinco ou seis mil. Este ano o cálculo tornou-se impossível.
Palavras de Allan Kardec contidas no livro Viagem Espírita em 1862, de Allan Kardec, Casa Editora O Clarim, pág. 26.

O que ocorreu em Lyon, na época de Kardec, é o que vem ocorrendo a nível mundial. O Espiritismo vem se propagando, desde aqueles tempos, a olhos vistos. É como um rio caudaloso que chega ao grande mar. Os adeptos se emocionam, sentem-se consolados e ligados as verdades as quais antes não tinham conhecimento. São verdades que satisfazem seus corações necessitados de esclarecimentos.

Hoje, o ser humano, não se contenta mais em saber que o sofrimento existe e que é preciso aceitá-lo. Ele quer saber porque existe o sofrimento, muitas vezes promovendo fatos que pesam tanto no emocional. Deseja saber as razões maiores da Mãe Vida, que nos trazem tantas ocorrências desfavoráveis. Aspira saber como vencer a dor moral e física.

É da sua vontade se inteirar sobre fatos que lhe mostram os motivos de instantaneamente, ao contatar as pessoas, umas despertam simpatia e outras antipatia, mesmo que não tenha conhecimento sobre a vida de cada uma. Sua curiosidade em saber de onde veio e para onde vai após a morte do corpo físico, move-o a estudar o Espiritismo. O homem chegou num estágio evolutivo em que não acredita mais em penas eternas. Saber como é o Mundo Espiritual, saber porque está neste mundo, porque uns conseguem prosperar e outros não, porque uns nascem sadios e outros doentes, porque uns possuem motivos para serem tristes e outros felizes, são questionamentos que o conduzem à busca de verdades esclarecedoras. Saber como funciona a justiça divina torna-se uma aspiração louvável.

Por que essa sede de saber? Evidentemente para estruturar sua fé, sabendo que não está jogado neste mundo onde aparentemente existem injustiças.
Quando o aprendiz passa a entender o Espiritismo, seu coração preenche-se de satisfação. Começa a vislumbrar a grandiosidade de Deus. A partir daí entende como foi prematura a ideia errônea que fez do Espiritismo. Percebe que os ataques promovidos à Doutrina Espírita não tinham razão de ser. Acaba o seu preconceito e sente-se venturoso. 

As mensagens mediúnicas tornam-se fundamentais para ele, pois lhe fornecem preciosas informações.
Fica feliz ao constatar que existem cidades espirituais formosas e deseja no futuro ser merecedor de estar numa delas.
Desfaz-se totalmente das ideias errôneas de antigamente. Dá adeus à antiga crença em dogmas criados por homens e não por Deus. Convence-se que as bases nas quais pautava sua vida não mostram a justiça e a sabedoria do Pai Criador.

Por tudo isso, o Espiritismo promove a melhoria de quem o estuda. A vida flui mais leve. A Natureza, com os animais e as plantas, passa a ser amada e respeitada. Um sentimento enobrecedor se apossa do ser humano, que começa a se sentir verdadeiro filho de Deus.

As pessoas tornam-se espíritas no momento adequado, quando estão prontas não somente para entender as verdades libertadoras, mas também para fazer algo em prol de um mundo melhor.

Maria Nilceia